domingo, 29 de julho de 2007

De Volta à Realidade


Uma cidade acostumada a violência. Um país que vive na base de improvisos e desorganização nas escalas governamentais. Esportes sem investimentos. Jovens que poderiam encontrar o futuro no esporte aliciados pelo crime ou com a vida interrompida pelas drogas ou pela arma de fogo. Esse era o cenário perfeito para o fracasso no maior evento esportivo internacional já realizado no país.



No entanto, o Pan mostrou um povo que sabe organizar grandes eventos, um povo que sabe fazer uma festa como a abertura e o encerramento dos jogos, um povo que sabe torcer, comemorar as vitórias, sorrir.

A cidade do Rio de Janeiro e o Brasil acompanharam com empolgação o surgimento de novos heróis do esporte. Viram a ginática garantir muitos ouros. Viram Thiago Pereira, sozinho, levar 6 deles. Setenta mil lotaram o Maracanã na goleada imposta por Marta e companhia na final do futebol feminino. Todos torceram para o futsal e não viram adversários. O país do futebol também comemorou o sucesso nos esportes praticados com as mãos: volei de praia e de quadra, o handball, o tênis. Viu no atletismo e nas artes marciais a garra de atletas bem preparados. Ouviu e cantou com orgulho o Hino Nacional.

Infelizmente, tudo tem um fim. O Pan acabou. Com ele, certamente vão a segurança do povo carioca e a calma aparente. Os escândalos de corrupção no governo voltarão a ser destaque. É a vida voltando ao normal.

Que o resgate da auto-estima, personagem principal do Rio 2007, não vá com os jogos e os protestos com vaias no Maracanã se tornem protestos sérios e participação ativa na vida desse povo na busca pelo país que se anseia.

Que as mudanças sejam a meta a alcançar assim como as medalhas foram metas para os atletas, que as cumpriram de forma brilhante num país sem incentivos. Que os sonhos dos nossos jovens se realizem no esporte para que não precisem recorrer a outros meios a fim de alcançar suas metas financeiras. Que mais vezes, cantemos a canção: “Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor!”

domingo, 22 de julho de 2007

Diante de uma crise que paralisa aeroportos e dificulta a viagem de brasileiros e depois dos piores acidentes da história da aviação no país, o governo parece continuar omisso. Mesmo que os acidentes sejam fatalidades e que a crise não seja a culpada direta, não se pode negar que as ações do governo ou a falta delas geram insegurança e desconfiança. Abaixo, frases de integrantes do governo diante da crise.

"É preciso fé e um pouco de reza".
Waldir Pires - ministro da Defesa

"Relaxa e goza, porque você esquece todos os transtornos depois".
Marta Suplicy - ministra do Turismo 

"Não há caos aéreo. Há um aumento do fluxo de tráfego. É a prosperidade do país. Mais gente viajando, mais aviões".
Guido Mantega - ministro da Fazenda

"Se a gente não pode, a gente deixa como está para ver como fica".
Luis Inácio Lula da Silva - Presidente da República