terça-feira, 6 de novembro de 2007

Fora das quatro linhas

Com quatro rodadas de antecedência,


o São Paulo conquistou o Penta Campeonato Brasileiro.


Qual o segredo do sucesso tricolor?



  
A imprensa segue exaltando a administração são-paulina e creditando a isso a excelente participação no Campeonato Brasileiro 2007. possível que o trabalho realizado fora do campo seja capaz de definir o sucesso ou o fracasso de uma equipe esportiva?

De acordo com Ugo Giorgetti, do site SPNet, o diferencial está numa administração que vê e move a equipe como uma empresa.a de campo, a equipe tem bom planejamento, rápida substituição de jogadores e confiança no trabalho dos técnicos, dentro de campo tudo segue muito bem, obrigado.

A equipe do São Paulo só teve dificuldades no inicio do campeonato, quando também disputava a Libertadores. Após a eliminação do torneio continental, a equipe concentrou suas forças no mais importante campeonato nacional e iniciou uma caçada ao líder Botafogo. Ainda antes do fim do primeiro turno, não apenas o alcançou como o superou.

O segundo turno foi todo nas cores do tricolor. Poucos foram capazes de chegar ao gol são-paulino e, quando o fizeram, não puderam repetir o feito num mesmo jogo. Se o ataque, às vezes, deixava a desejar, a defesa se encarregava de manter o controle. As vitórias vieram, alguns empates, e, próximo do fim, duas derrotas seguidas. Mas o Cruzeiro parecia perder o fôlego na briga por alcançar o líder.

Como resultado, a equipe alcançou o Penta com quatro rodadas de antecipação.

Dentro e fora de campo, o time do Morumbi é o melhor do Brasil. Com 5-3-3 (5 Brasileiros, 3 Libertadores e 3 Mundiais) não resta qualquer dúvida de que, no Brasil, quem manda e o São Paulo.

domingo, 9 de setembro de 2007

Mãos que ajudam - Estaca Grajaú

Enquanto muitos aproveitavam o feriado em passeios,
os membros da igreja divertiam-se ao servir.


“A iniciativa é simplesmente fantástica”. Foi assim que Telma Maria Nunes de Freitas, agente escolar, definiu o projeto.

Antes que o sol nascesse, os membros deixaram suas casas e reuniram-se na capela do Grajaú, sede da estaca.  Ali fizeram uma abertura com oração e partiram rumo a escola EMEF Des. Teodomiro Toledo Piza. Lá havia muito trabalho, as carteiras precisavam ser limpas, os muros e portões pintados e o jardim ao redor da escola precisava de uma nova visão.

Com alegria, começaram a fazer o que era preciso ser feito. Todos estavam prontos para esquecer um pouco de si e dedicar um mínimo de seu tempo no serviço abnegado ao próximo.

Logo, os vizinhos da escola começaram a acordar. Muitos olhavam de suas janelas ou paravam em frente à escola sem entender bem o que acontecia, mas felizes por verem que a escola e o bairro ficariam mais bonitos após o projeto. Daniel Lins dos Santos, morador da região, disse que há muito era necessário que se fizesse algo pela escola e que o projeto era fundamental.

A presença e apoio da mídia fez aumentar o interesse geral pelo projeto e pela igreja. Logo após a apresentação da matéria sobre o “Mãos que Ajudam” no telejornal local “Bom dia, São Paulo”, os telefones dos coordenadores do projeto começaram a tocar.

O dia foi passando, o cansaço chegando, mas os membros não pararam um minuto. A irmã Tania Alves, membro da Ala Jd. Mirna, lembrou que a caridade nunca falha e que era exatamente aquilo que o Salvador faria caso estivesse aqui.

Embora a escola e a comunidade tenham sido beneficiadas, os que mais aprenderam foram os voluntários do projeto. “Quando estamos ajudando outras pessoas ajudamos a nós mesmos a nos tornar melhores pessoas”, comentou a irmã Maria das Graças Leite de Sousa, membro da Ala Grajaú.

Foi uma grande oportunidade de fazer a obra do Senhor por meio do serviço. Como bem advertiu o Rei Benjamim, no Livro de Mórmon: “Quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus”.

Mãos que ajudam - Estaca Grajaú

 

“É maravilhoso servir ao próximo”.
Débora Almeida Silva – Ala Grajaú


Eu me sinto muito bem e útil. Se todos fizessem mesmo o
pouco que nós estamos fazendo, o mundo seria melhor”.
Maria Lúcia da Silva – Ala Jd. Campinas


“Participar desse projeto é uma grande alegria para mim.
Estamos ajudando ao próximo, melhorando a comunidade e
fazendo o que o Senhor requer de nós, porque quando
trabalhamos para ajudar o próximo estamos trabalhando para o Senhor”.
Abelardo Borges – Ala Jd. Campinas


É gratificante para mim porque lembro que a caridade
 nunca falha e que se o Salvador estivesse aqui, estaria fazendo exatamente isso”.
Tania Alves – Ala Jd. Mirna


Servir ao Senhor me faz feliz”.
Jane Fernandes Papacidio – Ala Jd. Mirna


“Quando estamos ajudando outras pessoas ajudamos a nós
mesmos a nos tornar melhores pessoas”.
Maria das Graças Leite de Sousa – Ala Grajaú


É nossa oportunidade de mostrar para a sociedade que somos membros da igreja”.
Miguel Arcanjo Camara – Ala Grajaú


Acho um projeto muito importante e interessante para as escolas
porque nem sempre podemos fazer tudo o que precisa ser feitos
e então acho que o Mãos que Ajudam chegou para ajudar mesmo”.
Maria del Carmen Gracia Horro – Diretora da Escola


“Esse projeto só tem a beneficiar a todos nós,
a comunidade como um todo. A iniciativa é simplesmente fantástica”.
Telma Maria Nunes de Freitas – Agente Escolar

domingo, 29 de julho de 2007

De Volta à Realidade


Uma cidade acostumada a violência. Um país que vive na base de improvisos e desorganização nas escalas governamentais. Esportes sem investimentos. Jovens que poderiam encontrar o futuro no esporte aliciados pelo crime ou com a vida interrompida pelas drogas ou pela arma de fogo. Esse era o cenário perfeito para o fracasso no maior evento esportivo internacional já realizado no país.



No entanto, o Pan mostrou um povo que sabe organizar grandes eventos, um povo que sabe fazer uma festa como a abertura e o encerramento dos jogos, um povo que sabe torcer, comemorar as vitórias, sorrir.

A cidade do Rio de Janeiro e o Brasil acompanharam com empolgação o surgimento de novos heróis do esporte. Viram a ginática garantir muitos ouros. Viram Thiago Pereira, sozinho, levar 6 deles. Setenta mil lotaram o Maracanã na goleada imposta por Marta e companhia na final do futebol feminino. Todos torceram para o futsal e não viram adversários. O país do futebol também comemorou o sucesso nos esportes praticados com as mãos: volei de praia e de quadra, o handball, o tênis. Viu no atletismo e nas artes marciais a garra de atletas bem preparados. Ouviu e cantou com orgulho o Hino Nacional.

Infelizmente, tudo tem um fim. O Pan acabou. Com ele, certamente vão a segurança do povo carioca e a calma aparente. Os escândalos de corrupção no governo voltarão a ser destaque. É a vida voltando ao normal.

Que o resgate da auto-estima, personagem principal do Rio 2007, não vá com os jogos e os protestos com vaias no Maracanã se tornem protestos sérios e participação ativa na vida desse povo na busca pelo país que se anseia.

Que as mudanças sejam a meta a alcançar assim como as medalhas foram metas para os atletas, que as cumpriram de forma brilhante num país sem incentivos. Que os sonhos dos nossos jovens se realizem no esporte para que não precisem recorrer a outros meios a fim de alcançar suas metas financeiras. Que mais vezes, cantemos a canção: “Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor!”

domingo, 22 de julho de 2007

Diante de uma crise que paralisa aeroportos e dificulta a viagem de brasileiros e depois dos piores acidentes da história da aviação no país, o governo parece continuar omisso. Mesmo que os acidentes sejam fatalidades e que a crise não seja a culpada direta, não se pode negar que as ações do governo ou a falta delas geram insegurança e desconfiança. Abaixo, frases de integrantes do governo diante da crise.

"É preciso fé e um pouco de reza".
Waldir Pires - ministro da Defesa

"Relaxa e goza, porque você esquece todos os transtornos depois".
Marta Suplicy - ministra do Turismo 

"Não há caos aéreo. Há um aumento do fluxo de tráfego. É a prosperidade do país. Mais gente viajando, mais aviões".
Guido Mantega - ministro da Fazenda

"Se a gente não pode, a gente deixa como está para ver como fica".
Luis Inácio Lula da Silva - Presidente da República

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Laboratório da Paz

O Brasil vive um período de discussões no âmbito criminal. E não é por menos. Uma das maiores ondas de violência da história do país se descortina em frente das autoridades, das elites e da população, em geral.

A violência das grandes cidades não é novidade para ninguém. Há muito tempo, a população brasileira vive atrás das grades de suas próprias casas. Há muito tempo os seqüestros assustam. Há muito tempo os assaltos e os assassinatos são notícias nos principais jornais do país.

No entanto, a ação de grupos criminosos armados e organizados têm surpreendido as autoridades e deixado a população das duas maiores cidades brasileiras assustada.  Recentemente, o caso da morte brutal do menino João Hélio arrastado por um carro após um assalto no Rio causou comoção nacional e reacendeu a discussão sobre maioridade penal e reforma nas leis de execução penal.

Família sofre no enterro do menino João Hélio

Não há dúvidas de que um jovem de 14 ou 16 anos já sabe o que faz e não pode ser considerado uma simples criança inocente, no entanto, seria a diminuição da maioridade penal a solução salvadora dos problemas de violência urbana no Brasil?

Não se espera com este texto provar que a maioridade penal não deva ser diminuída, ao contrário, cada cidadão deve ser responsabilizado por seus atos, tenha 14, 16 ou 18 anos.

No entanto, é importante ressaltar que só a diminuição da maioridade penal não será capaz de resolver os problemas. Ao longo de sua história, o Brasil formou uma sociedade desigual e excludente. A presença do Estado nas áreas mais pobres do país não é sentida por aqueles que deveriam sentir-se plenos cidadãos porque o são no momento em que lhe são cobrados os impostos. Quando se fala de regiões mais pobres deve-se entender que refere-se principalmente às favelas e bairros periféricos das grandes e médias cidades.

Enquanto o país tratar essas pessoas como cidadãos de segunda haverá espaço para que o crime organizado aliste mais soldados para seu exército. Enquanto a população brasileira conviver com uma educação ineficiente e incapaz de oferecer perspectiva de vida melhor aos jovens, haverá crianças e adolescentes que sentirão que a única solução para seus problemas está no crime. Afinal, poucos são punidos e obtém com o crime o que necessitam.

Um grande exemplo de inclusão social é a cidade colombiana de Medellín. Nos anos 90 era considerada a cidade mais violenta do mundo. E, realmente, era. A presença de narcotraficantes nos morros da cidade elevava a morte de jovens a um nível insuportável. O Estado colombiano parecia distante de uma população jogada a própria sorte. O cartel era a lei e o único poder organizado na cidade. Foi quando surgiu a expressão: “Se Medellín é a capital da violência, podemos transformá-la também em laboratório da paz”. Várias medidas foram tomadas para que a sonhada paz se tornasse real, entre elas a de transformar as praças da cidade em centros de cultura. Esculturas de seu mais importante filho, Botero, foram espalhadas por Medellín. Além disso, o governo municipal tentou se aproximar da população. Um sofisticado sistema de teleféricos, chamado de Metrocable, foi construído, mas não com o propósito turístico, e sim de agilizar o transporte da população dos morros para os bairros da cidade. A polícia ocupou permanentemente os morros. A cidade deu perspectivas a sua juventude. A presença policial e a imagem do Estado  inibiu a presença de traficantes. Não foi fácil, houve resistência, mas a população participou quando percebeu o que o Estado estava fazendo por ela. Hoje, os índices de criminalidade em Medellín são menores do que em muitas cidades brasileiras.

Sistema de Teleféricos coletivos em Medellin, Colômbia

Que lições o Brasil pode tirar da experiência colombiana? O país precisa antes de tudo se mostrar presente à população e inibir o crime, sendo mais organizado do que ele. Precisa melhorar sua educação. Precisa investir na criação de empregos. Precisa treinar melhor as forças policiais. E precisa, sim, melhorar suas leis e o cumprimento delas.

Pode o Brasil também ser um "laboratório da paz"? Enquanto os parlamentares continuarem a discutir o aumento de seus próprios salários e não cumprirem sequer um quorum semanal, o brasileiro se sentirá abandonado. É necessária uma mudança nos investimentos e no modo como o governo vê a população. No Brasil, parece que se vive no período feudal, no qual a população servia ao seu senhor. Na sociedade brasileira, os governantes do Estado precisam entender que são servidores e não senhores. Da mesma forma, a população precisa se transformar em inspetor e deixar de ser apenas espectador. O fim da violência está ligado a presença do Estado. Os políticos logo deixarão de discutir o assunto pois voltarão aos seus condomínios fechados, carros blindados e seguranças particulares. A população é que não pode permitir que o assunto caia no esquecimento. 


sexta-feira, 6 de abril de 2007

Páscoa - A passagem

Desde o surgimento no antigo Egito, passando pela instituição do
cristianismo até as épocas do consumismo, a Páscoa representa e fé
de várias religiões e a comemoração do comércio

Subiam aos céus os lamentos do povo judeu, então escravos de Faraó, governador do Egito.  Ouvindo tais súplicas, Deus falou com Moisés em um ‘arbusto ardente’ e o incumbiu de libertar o povo e levar-lhe à terra prometida.

Ao falar com Faraó, Moisés não foi atendido nas exigências que fez pela partida de seu povo, obrigando o Grande Deus Hebreu a enviar dez pragas sobre a terra do Egito. Embora duras, nenhuma delas foi capaz de fazer com que Faraó mudasse de idéia, até que seus primogênitos foram feridos.

Os judeus deveriam oferecer a seu Deus um cordeiro, passar seu sangue nas batentes de suas portas para que quando o ‘anjo da morte’ viesse a matar todos os primogênitos do Egito, ‘passasse por sobre’ (Pessach) suas casas.

É desta forma que o livro bíblico do Êxodo descreve a primeira Páscoa, chamada pelos judeus de Pessach ou o dia em que o anjo passou por sobre suas casas e não matou seus primogênitos, enquanto não poupava os egípcios.

De acordo com Bruna Dália, especialista em cultura judaica, ainda hoje a festa mantém suas tradições seculares. A abundância evidenciada nos seus jantares nos quais é servido um banquete, composto por bolinhos de peixe, caldo de frango, frango assado, batatas coradas, verduras, frutas e bolo, difere a festa hoje daquela comemorada naqueles tempos em que havia grande escassez em sua viagem pelo deserto.  É quando comemoram a sua liberdade e o seu nascimento como nação. Várias regras são utilizadas durantes os oito dias da festa, desde a divisão de seu banquete com os pobres até a leitura de uma oração de Páscoa (o Hagadah) antes de comer.

Como se pode ler nos Evangelhos bíblicos do Novo Testamento, foi numa das comemorações de Páscoa que um certo Jesus Cristo jantou com seus discípulos, sendo preso e crucificado logo depois. Seus seguidores o viam como o Salvador prometido que livraria a Judéia do jugo romano. De acordo com os cristãos, ele ressuscitou no terceiro dia. Nasciam, então, os alicerces da Páscoa cristã, que assim como a Pessach, representa a passagem, no entanto a passagem de Cristo da morte para a vida.

É uma época em que muitas pessoas refletem sobre seu próprio comportamento e buscam a mudança. Lembram do que deixaram esquecido por todo o ano.

O comércio comemora recordes de vendas a cada ano. Todos os anos, as vendas de chocolates crescem numa média de  3% em relação à Páscoa anterior, segundo A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

Parece que todos precisam se satisfazer com a compra de ovos de Páscoa. Os ovos representando o nascimento, entregues por um coelho que representa a fecundidade. E o chocolate? Talvez o chocolate seja a mais clara evidência do consumismo pascal.   

Escrito em 2004 para um trabalho da faculdade

domingo, 1 de abril de 2007

Mistão Tricolor derruba Versão no Morumbi

 
São Paulo 3 X 1 Palmeiras
Em jogo equilibrado, São Paulo leva a melhor e
tira Palmeiras da zona de classificação do Paulistão
 
 
O clássico apresentava um Palmeiras em ascenção e disposto a garantir vantagem sobre os concorrentes para se classificar à próxima fase do Campeonato Paulista 2007 e um São Paulo preocupado com o jogo contra o Necaxa, válido pela 4ª rodada da primeria fase da Libertadores.
 
O jogo começou num ritmo acelerado. Logo aos 5 minutos do 1º tempo, o São Paulo abriu o placar, após a bola tocar na zaga palmeirense e sobrar para Borges, que, livre, tocou na saída de Diego Cavalieri.
 
O São Paulo passou a dominar o jogo e assustar a torcida palmeirense, o que acordou a equipe alvi-verde que tentou equilibrar o jogo a partir dos 20 minutos. Aos 29, depois de um belo lançamento de Valdivia, Breno foi derrubado na área. Penâlti para o Palmeiras. Edmundo cobrou sem chances para Rogério Ceni e empatou o jogo. Edmundo também chegou ao 11º gol no Paulistão.
 
Com medo de uma virada, o São Paulo passou a tocar a bola, embora esbarrace sempre na defesa palmeirense. Até que após uma cobrança de escanteio, Alex Silva foi derrubado na área. Penâlti para o tricolor. Rogério Ceni cobrou e marcou. Foi o 6º gol de Rogério Ceni contra a equipe do Palestra Itália, que se tornou a maior vítima do goleiro são-paulino.
 
O segundo tempo começou corrido, mas sem grandes oportunidades para nenhuma das duas equipes. O jogo manteve-se equilibrado. Aos 22 minutos a zaga são-paulina roubou a bola e lançou para Richalyson que foi até a entrada da área palmeirense e chutou no ângulo para selar a vitória tricolor.
 
Com o resultado, o São Paulo garantiu matematicamente sua classificação com 40 pontos. Graças as vitórias de Bragantino e São Caetano, o Palmeiras ficou fora do grupo de 4 equipes que estariam classificadas caso a primeira fase do Paulista terminasse hoje.
 
No Morumbi, manteve-se o tabu. Há dez anos, o São Paulo não perde para o Palmeiras em partidas válidas pelo Campeonato Paulista.

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA


Não há qualquer dúvida de que a Amazônia brasileira está agonizando!

O governo é omisso e permite que a região seja alvo de madeireiras mal intencionadas, rota do tráfico internacional de drogas e ponto central do tráfico de espécies animais e vegetais.

Se algo não for feito em regime de urgência, que país deixaremos para nossos filhos?

Talvez, o futuro nos deixe no lugar de um imenso tapete verde e de uma reserva mundial de biodiversidade, um imenso deserto. É isso o que queremos? É isso que pretendemos deixar para as futuras gerações?

Não vou me extender neste tema pois deixarei transcrito abaixo o Manifesto de artistas brasileiros contra a devastação de nosso patrimônio. Você pode fazer algo com uma simples assinatura. Assine o manifesto!

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:

"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

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