sexta-feira, 6 de abril de 2007

Páscoa - A passagem

Desde o surgimento no antigo Egito, passando pela instituição do
cristianismo até as épocas do consumismo, a Páscoa representa e fé
de várias religiões e a comemoração do comércio

Subiam aos céus os lamentos do povo judeu, então escravos de Faraó, governador do Egito.  Ouvindo tais súplicas, Deus falou com Moisés em um ‘arbusto ardente’ e o incumbiu de libertar o povo e levar-lhe à terra prometida.

Ao falar com Faraó, Moisés não foi atendido nas exigências que fez pela partida de seu povo, obrigando o Grande Deus Hebreu a enviar dez pragas sobre a terra do Egito. Embora duras, nenhuma delas foi capaz de fazer com que Faraó mudasse de idéia, até que seus primogênitos foram feridos.

Os judeus deveriam oferecer a seu Deus um cordeiro, passar seu sangue nas batentes de suas portas para que quando o ‘anjo da morte’ viesse a matar todos os primogênitos do Egito, ‘passasse por sobre’ (Pessach) suas casas.

É desta forma que o livro bíblico do Êxodo descreve a primeira Páscoa, chamada pelos judeus de Pessach ou o dia em que o anjo passou por sobre suas casas e não matou seus primogênitos, enquanto não poupava os egípcios.

De acordo com Bruna Dália, especialista em cultura judaica, ainda hoje a festa mantém suas tradições seculares. A abundância evidenciada nos seus jantares nos quais é servido um banquete, composto por bolinhos de peixe, caldo de frango, frango assado, batatas coradas, verduras, frutas e bolo, difere a festa hoje daquela comemorada naqueles tempos em que havia grande escassez em sua viagem pelo deserto.  É quando comemoram a sua liberdade e o seu nascimento como nação. Várias regras são utilizadas durantes os oito dias da festa, desde a divisão de seu banquete com os pobres até a leitura de uma oração de Páscoa (o Hagadah) antes de comer.

Como se pode ler nos Evangelhos bíblicos do Novo Testamento, foi numa das comemorações de Páscoa que um certo Jesus Cristo jantou com seus discípulos, sendo preso e crucificado logo depois. Seus seguidores o viam como o Salvador prometido que livraria a Judéia do jugo romano. De acordo com os cristãos, ele ressuscitou no terceiro dia. Nasciam, então, os alicerces da Páscoa cristã, que assim como a Pessach, representa a passagem, no entanto a passagem de Cristo da morte para a vida.

É uma época em que muitas pessoas refletem sobre seu próprio comportamento e buscam a mudança. Lembram do que deixaram esquecido por todo o ano.

O comércio comemora recordes de vendas a cada ano. Todos os anos, as vendas de chocolates crescem numa média de  3% em relação à Páscoa anterior, segundo A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

Parece que todos precisam se satisfazer com a compra de ovos de Páscoa. Os ovos representando o nascimento, entregues por um coelho que representa a fecundidade. E o chocolate? Talvez o chocolate seja a mais clara evidência do consumismo pascal.   

Escrito em 2004 para um trabalho da faculdade

domingo, 1 de abril de 2007

Mistão Tricolor derruba Versão no Morumbi

 
São Paulo 3 X 1 Palmeiras
Em jogo equilibrado, São Paulo leva a melhor e
tira Palmeiras da zona de classificação do Paulistão
 
 
O clássico apresentava um Palmeiras em ascenção e disposto a garantir vantagem sobre os concorrentes para se classificar à próxima fase do Campeonato Paulista 2007 e um São Paulo preocupado com o jogo contra o Necaxa, válido pela 4ª rodada da primeria fase da Libertadores.
 
O jogo começou num ritmo acelerado. Logo aos 5 minutos do 1º tempo, o São Paulo abriu o placar, após a bola tocar na zaga palmeirense e sobrar para Borges, que, livre, tocou na saída de Diego Cavalieri.
 
O São Paulo passou a dominar o jogo e assustar a torcida palmeirense, o que acordou a equipe alvi-verde que tentou equilibrar o jogo a partir dos 20 minutos. Aos 29, depois de um belo lançamento de Valdivia, Breno foi derrubado na área. Penâlti para o Palmeiras. Edmundo cobrou sem chances para Rogério Ceni e empatou o jogo. Edmundo também chegou ao 11º gol no Paulistão.
 
Com medo de uma virada, o São Paulo passou a tocar a bola, embora esbarrace sempre na defesa palmeirense. Até que após uma cobrança de escanteio, Alex Silva foi derrubado na área. Penâlti para o tricolor. Rogério Ceni cobrou e marcou. Foi o 6º gol de Rogério Ceni contra a equipe do Palestra Itália, que se tornou a maior vítima do goleiro são-paulino.
 
O segundo tempo começou corrido, mas sem grandes oportunidades para nenhuma das duas equipes. O jogo manteve-se equilibrado. Aos 22 minutos a zaga são-paulina roubou a bola e lançou para Richalyson que foi até a entrada da área palmeirense e chutou no ângulo para selar a vitória tricolor.
 
Com o resultado, o São Paulo garantiu matematicamente sua classificação com 40 pontos. Graças as vitórias de Bragantino e São Caetano, o Palmeiras ficou fora do grupo de 4 equipes que estariam classificadas caso a primeira fase do Paulista terminasse hoje.
 
No Morumbi, manteve-se o tabu. Há dez anos, o São Paulo não perde para o Palmeiras em partidas válidas pelo Campeonato Paulista.

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA


Não há qualquer dúvida de que a Amazônia brasileira está agonizando!

O governo é omisso e permite que a região seja alvo de madeireiras mal intencionadas, rota do tráfico internacional de drogas e ponto central do tráfico de espécies animais e vegetais.

Se algo não for feito em regime de urgência, que país deixaremos para nossos filhos?

Talvez, o futuro nos deixe no lugar de um imenso tapete verde e de uma reserva mundial de biodiversidade, um imenso deserto. É isso o que queremos? É isso que pretendemos deixar para as futuras gerações?

Não vou me extender neste tema pois deixarei transcrito abaixo o Manifesto de artistas brasileiros contra a devastação de nosso patrimônio. Você pode fazer algo com uma simples assinatura. Assine o manifesto!

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:

"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

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