sexta-feira, 9 de março de 2012

SPTRANS e eu - Parte 1 (A saga)



O transporte público em São Paulo nunca foi dos melhores. Eles oferecem um serviço de terceira e cobram por um de primeira.


Nos últimos dias, minha insatisfação aumentou com a uma velocidade que nem mesmo eu poderia imaginar. Deixe-me contar a razão de tantas insatisfações.

Meu Bilhete Único (Vale-Transporte) sempre funcionou normalmente. Neste mês (março/12), o créditos comprados pela empresa não caíram em meu bilhete único. Em contato com a SPTrans pelo telefone 156, não obtive qualquer ajuda.

Primeiro, ao telefone, na sexta-feira (02/03), me informaram não ter acesso ao sistema de créditos no bilhete para me passar qualquer informação e me solicitaram ir a um posto da SPTrans.

Na própria sexta-feira, em meu horário de almoço, fui ao posto da Augusta. Depois de aguardar por 45 minutos numa fila enorme. 

(Permita-me abrir parêntese: “Haviam apenas 2 guichês em funcionamento dos 7 disponíveis. Um para carregar créditos e outro para problemas com o cartão. A lentidão do serviço favorece as filas. Na era da tecnologia, o posto funciona de maneira arcaica, os funcionários usam calculadoras antigas e papel. Fazem todo o cálculo na calculadora e anotam os atendimentos numa planilha manual. Não há um sistema capaz de facilitar e agilizar o atendimento).

Voltando à reclamação principal: Depois de 45 minutos de espera e a insinuação de que talvez a empresa não tenha depositado ou eu já tivesse carregado e gasto os créditos do mês em um só dia, a atendente me informou que não poderia me ajudar e que não tinha acesso ao sistema para solicitações de perda de créditos e eu deveria ir à Central da SPTrans na Rua XV de Novembro. Depois de ter passado todo meu horário de almoço lá, teria que ir à Central. Um verdadeiro absurdo!

Ao sair do posto, tentei novo contato com a SPTrans no 156. Na primeira tentativa, a atendente me deixou esperando por 7 minutos até desligar. Na segunda tentativa, de forma grosseira, a atendente me disse que não havia o que fazer, só voltar ao posto da SPTrans.

Fiz uma reclamação pelo site da SPTrans e recebi a seguinte resposta:


No fim do dia, na volta para a casa, passei no posto do Terminal Grajaú. A informação foi que poderiam me ajudar nos postos da SPTrans, mas tinham que entrar em contato com a Central, por isso, para ser ajudado, teria que voltar á qualquer posto em horário comercial.

Na segunda-feira (05/03), voltei ao Posto da Augusta (o único próximo ao trabalho), no horário de almoço, e desta vez com o comprovante de compra dos créditos por parte da empresa. Nova espera. Desta vez, haviam 3 guichês funcionando, o que não mudou muito a espera. 

O atendente tentou contato com a Central da SPTranspelo rádio, mas ninguém atendeu. Novamente, fui instruído a ir à Central da SPTrans. Novamente já terminou e estourou meu horário de almoço.

A SPTrans desaparece com um crédito que é meu, não tem sistema interligando suas plataformas e eu tenho que usar meu horário de trabalho para ir à Central para tentar solucionar. Esse é o respeito que a prefeitura de São Paulo  dispensa aos seus munícipes.

Depois de tantas reclamações e respostas não conclusivas e meus problemas sem solução, fui à Central da SPTrans na Rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo. Mais um dia em que usei meu horário de almoço para resolver um problema causado pela empresa municipal de transportes. E minha insatisfação continuou a crescer.

Ao chegar, percebi que passaria muito tempo ali. Haviam cerca de 40 pessoas aguardando pelo atendimento. Dos 16 guichês, somente 4 estavam em funcionamento, sendo que 1 deles era preferencial. O sistema eletrônico de chamada de senha não funcionava, o que obrigava que uma das funcionárias estivesse lá exclusivamente para chamar as senhas.

Demorou 2 horas e meia para que eu fosse atendido. Imagina esperar 2 horas e meia pelo atendimento. Com tanta gente, não havia sequer um lugar para sentar. 

Quando finalmente fui atendido, ainda tive esperar mais 20 minutos até que fizessem todo o procedimento e me devolvessem o bilhete.

O problemas dos créditos foi solucionado, mas a demora me irritou profundamente. Reclamei da demora no site da SPTrans e a resposta foi absurda:


Ou quem respondeu pouco se importa com o problema apresentado ou tem dificuldade em interpretar textos.

Devido à ineficiência do serviço, que não resolve problemas em qualquer posto da SPTrans, tive que ir ao Posto Central, na Rua 15 de Novembro. Meus créditos haviam desaparecido e somente lá poderia ser solucionado.

Se como na resposta a espera é de 30 minutos, a SPTrans deveria, no mínimo, investigar porque tive que esperar por 2 horas e meia. 

Serviço ineficiente, desrespeitoso, lento, péssimo.

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