quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Crianças de Rua

O  dia mal começa para milhares de trabalhadores que se aglomeram transportando-se de suas casas ao trabalho nas grandes cidades brasileiras. Tão comum quanto essa realidade é ver uma criança a vender doces nos ônibus ou fazer malabarismos nos faróis.

Dados da UNESCO apontavam que, em 1989, uma criança era morta por dia nas grandes cidades brasileiras. Havia um desejo por limpar as cidades dessas que acabavam por tornar-se delinquentes. Não se pensava em atacar os motivos que as levavam às ruas, mas o fato de estarem nas ruas. E o pior é que grande parte dessas crianças era assassinada por policiais.

Hoje, não há grande diferença. Famílias sem estrutura acabam obrigando que suas crianças assumam responsabilidades antes do tempo. Desde muito cedo deixam as coisas de criança. Nas grandes cidades, vão para as ruas, onde aprendem o que a família não teve tempo de ensinar. No interior, trabalhos pesados são parte de suas vidas.

O consumo de drogas é cada vez mais comum e o aliciamento pelo crime, uma realidade. Nas favelas do Rio, alguns vêm no crime a oportunidade de ter o que não conseguiriam de outra forma.

Em 1.989, a prostituição era um grande problema entre as crianças e adolescentes. Ainda é assim. Turistas estrangeiros chegam ao país em busca dessas crianças. Pouco se faz para acabar com esse tipo de turismo, embora quadrilhas já tenham sido desmanteladas.

Enquanto os direitos à educação não forem cumpridos, nossas crianças continuarão a sofrer e não terão qualquer esperança de um futuro melhor.

Os direitos estão escritos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Direito à educação, à saúde, entre outros. Mas, ainda existe um distanciamento entre os direitos escritos e a realidade presente em cada esquina.

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