sábado, 29 de junho de 2013

Brasil perdoa dívidas de 12 países africanos, mas não negocia dívidas dos Estados e Municípios brasileiros


Presidente Dilma Rousseff chega a Adis Abeba, na Etiópia
Foto: Agência EFE

No último dia 25 de junho de 2013, durante a reunião da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia, com a participação da presidente Dilma Rousseff, o governo brasileiro anunciou o perdão de um total de 900 milhões de dólares em dívidas de 12 países africanos.

Entre os países beneficiados estão República do Congo, Tanzânia, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Costa do Marfim, Gabão, Guiné e República Democrática do Congo.

Anteriormente, o presidente Luís Inácio Lula da Silva já havia perdoado a dívida de outros países africanos, com base em uma suposta dívida histórica nacional com a África devido à escravidão no Brasil. Foram perdoadas 95% da dívida moçambicana, pouco mais da metade da dívida da Nigéria e a dívida de Cabo Verde. 

Mapa da África

Além dos africanos também houve o perdão da dívida cubana, calculada em mais de US$ 52 milhões; 95% da dívida da Nicarágua em US$ 141 milhões e a dívida boliviana em mais de US$ 52 milhões, além de abrir novo financiamento para o país construir uma rodovia totalmente em território boliviano.

Deixa eu ver se entendi. A Bolívia não tinha condições de pagar sua dívida com o Brasil. Então, a dívida foi perdoada e o Governo decidiu emprestar mais dinheiro para este mesmo país que não tinha como pagar a dívida anterior?

O que nossos governantes não entendem é que a dívida histórica brasileira com a África é exclusiva aos descendentes africanos aqui nascidos. E com todos os outros brasileiros descendentes de qualquer parte do mundo.

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Ao mesmo tempo em que Dilma apresentava toda a generosidade brasileira na África, aqui, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciava que o governo não está renegociando as dívidas estaduais e municipais internas e que, no máximo, pode negociar o indexador. 

Sobre a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Mantega disse que a negociação está no Congresso e que o Executivo federal não aceita a emenda que assegura um desconto de até 45% da dívida dos entes federados com a União.

Ou seja, o Governo Federal perdoa dívidas de outros países e cobra juros de agiota dos estados e municípios brasileiros.

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