A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na noite desta sexta-feira, o projeto de lei que prevê incentivo fiscal para a construção do Fielzão, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo.
Na quarta, o texto já havia sido aprovado em primeira votação. Nesta sexta, no entanto, ele sofreu alteração e o incentivo financeiro está condicionado ao estádio receber a abertura da Copa de 2014. Com 39 votos favor e 15 contra, só falta o prefeito Gilberto Kassab sancionar o texto.
A ratificação dos membros da Casa foi o último passo para o Corinthians conseguir a viabilização financeira para erguer seu estádio, candidato a receber o pontapé inicial do Mundial - a Fifa adiou para outubro o anúncio do local .
O clube obterá Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) no valor de até 60% do preço da obra. Atualmente, o orçamento da edificação está em R$ 700 milhões. Ou seja, os CIDs seriam de até R$ 420 milhões.
Esses títulos poderão ser usados de duas maneiras: pelo Corinthians, para se isentar de pagar Imposto Sobre Serviço (ISS) e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), e poderão ser negociados com outras empresas - o deságio dessa negociação deve ficar perto de 20%, mas pode variar a cada caso.
Além do incentivo da prefeitura, o Timão receberá um financiamento do BNDES, via construtora Odebrecht, de R$ 400 milhões. Dessa maneira, o custo para a construção poderia girar entre R$ 700 e R$ 850 milhoes.
É a prefeitura de São Paulo, que tanto prometeu não usar dinheiro público, utilizando-o para uma obra privada. Nem o Corinthians nem a Odebrecht vão arcar com a obra. Ela ficará a custo do cidadão paulistano.
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