quinta-feira, 7 de julho de 2011

Está sobrando dinheiro em São Paulo?

"Metas não são compromissos" -
Gilberto Kassab justificando o não
cumprimento de suas promessas de campanha.

Gilberto Kassab

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou isenção fiscal no valor de R$ 420 milhões para a construção do estádio corintiano em Itaquera e o aumento de salário para o prefeito Gilberto Kassab e seus 27 secretários, gerando um custo anual de R$ 6 milhões e meio. Kassab ainda quer aumento salarial para todos os sub-prefeitos da capital.

Aparentemente sobra dinheiro na prefeitura. Estão dispondo recursos para financiar uma obra particular e para custear aumentos salarias que alcançam os 250% (no caso do aumento dos secretários municipais).

Os vereadores condicionaram os incentivos ao Corinthians-Odebrecht à abertura da Copa-2014 em São Paulo, porém o prefeito deve vetar tal artigo e conceder os incentivos, mesmo sem o compromisso da CBF de que a abertura será em São Paulo.

Veja os nomes dos vereadores que votaram a favor do aumento salarial do prefeito

Enquanto isso, a maioria das promessas de campanha do prefeito não foi cumprida.

A construção de três hospitais (em Parelheiros, Brasilândia e Vila Matilde), por exemplo - uma das promessas mais importantes - segue no papel.

Também nos transportes as promessas não foram cumpridas. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, dos 66 km de novos corredores prometidos, nada foi feito. Também não saiu do papel a requalificação de outros 38 km. Dos oito terminais prometidos, apenas um foi construído.

Questionado sobre as promessas não cumpridas, em sabatina realizada na segunda-feira (20) pelo jornal Folha de São Paulo e Portal UOL, o prefeito afirmou que "metas não são compromissos".

É assim que o prefeito se preocupa com o povo paulistano. Doando dinheiro público para obras particulares, aumentando o próprio salário e afirmando que nunca se comprometeu com as promessas de campanha.

Os R$ 420 milhões doados ao Corinthians poderiam ter sido usados para subsidiar o transporte na cidade, o que evitaria o recente aumento da passagem (e acima da inflação, como sempre). Ou para a construção de, pelo menos, um dos hospitais prometidos.

É, as promessas de campanha não são prioridades. O povo não é prioridade na administração de Kassab.

Um comentário:

  1. claro né tá sobrando dinheiro no bolso dele só se for, pq para o destino certo dinheiro n vai nem com reza brava. Shirley

    ResponderExcluir