terça-feira, 19 de julho de 2011

Kassab vetará artigo que condiciona isenção fiscal para o Itaquerão à abertura da Copa-2014 em São Paulo


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deverá sancionar, na próxima semana, o projeto que concede R$ 420 milhões ao Corinthians para a construção de seu estádio em Itaquera, zona leste da capital, porém vetará o artigo imposto pelos vereadores que condicionava o incentivo à abertura da Copa em São Paulo.

De acordo com Kassab, o Corinthians não conseguiria negociar os CIDs (Certificados de Isenção ao Desenvolvimento) com tal artigo. "Não há investidor que queira assumir essa responsabilidade (de comprar os CIDs) se tiver vinculada à realização do jogo (de abertura) em si", disse o prefeito.

Vale lembrar que a parceira corintiana para construir o estádio não deve colocar a mão no bolso durante a construção. A Odebrecht e o Corinthians preveem custos de aproximadamente R$ 700 milhõs, dos quais R$ 420 milhões (que podem ultrapassar os R$ 500 milhões com a correção) virão da prefeitura e R$ 300 milhões de empréstimo do BNDES.

Se discute se o nome será Itaquerão ou Fielzão. Até cogitaram chamar o estádio de Lula. Tenho mais uma sugestão. Que tal Kassabão?

Enquanto isso, a abertura na capital paulista segue um incógnita. De acordo com João Havelange, sogro de Ricardo Teixeira, a abertura deverá ser mesmo em Belo Horizonte. "O Ricardo é o quê? Mineiro, não é? O Aécio é amigo dele, não é? Onde você acha que vai ser a abertura da Copa do Mundo? Em Belo Horizonte. Isso é o Ricardo, nós é que somos bobos", comentou Havelange.

Além disso, o estádio será construído com capacidade para mais 60 mil torcedores graças a arquibancadas móveis. Após a Copa, se prevê mais um ano de obras no estádio para a retirada das arquibancadas móveis, adequando-o para 45 mil torcedores.

É assim que está sendo gasto o dinheiro do povo paulistano, com uma obra particular para um evento particular. 

E o transporte? A saúde? A educação? A segurança pública? Parece que a prioridade é o Corinthians, para o restante, está faltando dinheiro.

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